quarta-feira, 31 de março de 2010

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Bom eu estou meio indignada hoje...
Alguém teve a petulância de entrar na minha casa e levar alguns enfeites do jardim de minha estima, dentre outras coisas minha Preta namoradeira que eu gostava tanto e achava lindah... papai tinha me dado de presente, disse que se parecia comigo, quase minha caricatura na verdade, rs...
Como pode alguém ser tão pobre de espírito e sair usurpando as coisas dos outros... tô indiguinada, me sinto lesada, não pelo valor financeiro, mas pelo emocional...

Me lembrei da canção da Ana Carolina, de quando ela foi vítima de assalto no rio...

"é a pobreza tirando o seu sarro... foi meu dinheiro, minha "preta" cara, que façam bom proveito de tudo que levaram porque eu trabalho e outra "pretinha" eu vô comprar..."

Fica ai essa canção linda, nascida num momento de indignação de Ana, a retratar a pobreza de espíritos de alguns seres nada humanos que vão sub vivendo daquido que eles conseguem tirar proveito... "Que façam bom proveito, do pouco que restar, se tanta gente vive só com o que dá pra aproveitar.." Como tem pessoas que se contentam com tão pouco na vida...


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Composição: Ana Carolina

Tudo se acaba.
Olha o noticiário!
Água se acaba.
Se acaba a prece do vigário.
E eu quero ser a mendiga suja e descabelada
Dormindo na vertical.
Entender como a vida de alguém
Se acaba antes do final.

Prefiro Lou Reed do Velvet Underground.
Gosto de Silvia Plath, S.Eliot,
Emily Dickinson, Lucinda,
Délia, Manoel de Barros ficam eternos por mim.

Esqueço a crise da Argentina
Quebrando o pau com a menina no sinal
Em castelhano, ê
Eu furo os planos, ê
Eu furo o dedo, eu ando vendo
Examinando, eu arranho o braço
Aperto o passo. Não sou louca!
É...

Tomei um tiro
No vidro do meu carro
É a pobreza
Tirando o seu sarro
Foi meu dinheiro
Foi meu livro caro
Que façam bom proveito
Da grana que roubaram
Porque eu trabalho
E outro dinheiro eu vou ganhar

Tomei um táxi
O motorista, mexicano,
Veio falando sobre o onze de setembro.
Havia um homem na calçada lendo o "Código Da Vinci"
Ou lia o código da venda?

Na parada havia um peruano
Cheio de badulaques, ô
Vendendo Nike, ô
Vendendo bike, Coca Light, canivete
Aceita cheque pros breguetes.
Notícias do Iraque na Tv da lanchonete.

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Voam pelos ares

E amanhã, meu nêgo, ninguém sabe
Se alguém recua ou se alguém invade
Se alguém tem nome ou se alguém tem fome.
Que façam bom proveito
Do pouco que restar
Se tanta gente vive
Só com o que dá pra aproveitar.

Tudo se acaba.
Olha o noticiário!

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